Crianças mais confiantes
Sabe-se hoje que a autoconfiança não é algo que nasce connosco mas sim que é desenvolvida e fortalecida ao longo de toda a vida e especialmente, tal como a personalidade, determinada pelos primeiros anos de vida. Ter consciência das nossas competências e qualidades, saber aceitar os desafios, fazer escolhas e resolver problemas são determinados para o sucesso enquanto adultos.
Mas como é que os pais e educadores podem ajudar os mais novos a desenvolver a sua autoconfiança?
1. Promovendo e facilitando experiências positivas.
Através da brincadeira a criança pode ser encorajada a fazer algo de novo, a sair da sua zona de conforto e o resultado positivo fortalece a sua noção daquilo que ela pode e é capaz de fazer. Por exemplo, todas as crianças gostam de saltar degraus e vão naturalmente aumentando o seu nível de dificuldade mas por vezes o adulto não o permite por medo que a criança se magoe.
2. Elogiar…Elogiar…Elogiar…
O reforço positivo é a melhor forma de valorizar um comportamento. A tendência natural do ser humano é estar atento ao que não corre tão bem, aos maus comportamentos da criança, sublinhando o momento com uma reprimenda mas quando a criança se está a portar bem não se dá a mesma importância.
3. Ajudar a criança a enfrentar os medos.
O medo faz parte do desenvolvimento saudável da criança. Sentir medo é normal e este medo, tão como outras emoções negativas deverá ser encarado com naturalidade. Em momento algum a criança deve ser gozada pelo seu medo e muito menos utilizar o medo para levar a criança a ter algum tipo de comportamento. O medo dos polícias, do escuro, da velhinha que vem buscar os meninos que se portam mal. Estas não devem ser estratégias para obtermos o que quer que seja dos mais pequenos.
4. Não recriminar o sonho de ser algo
Se a criança diz que quer ser bailarino, cantor ou jogador de futebol inscreva-o na atividade apropriada e transmita-lhe que o trabalho e a persistência são fatores essenciais para o sucesso. É importante que a criança perceba que é capaz de fazer tudo a que se dedique.
5. Ser tolerante com os erros.
Os mais novos perceberem que é aceitável errar é fundamental para o desenvolvimento da autoconfiança. Quem nunca teve uma má nota, quem nunca perdeu um jogo, quem nunca falhou que atire a 1ª pedra! Muitas vezes, sem se aperceberem os adultos transmitem traços perfeccionistas aos mais novos e isto só faz com que a criança se sinta constantemente insatisfeita como os resultados que tem. Faz parte pintar fora das linhas quando se está a aprender, faz parte dar erros ortográficos (os adultos também os dão!), faz parte não nos lembrarmos de toda a matéria que estudamos para um teste, faz parte errar um golo…é humano.
6. Evitar utilizar expressões de conotação negativa.
“O meu “terrorista”, a minha “pestinha” (o que há de positivo e carinhoso nesta expressão?) Garantidamente a imagem mental que temos da criança e que a própria criança tem de si não será a mais positiva ao ouvir estas expressões.
7. Promover a autonomia e a responsabilidade.
Pedir ajuda à criança para fazer alguma tarefa e valorizar o que fez, faz com que ela se sinta capaz e valorizada pelo seu desempenho. Por que não fazer um quadro de conquistas e colocar uma estrelinha por cada coisa nova que a criança vai conseguindo fazer?
8. O adulto enquanto exemplo.
Uma criança cuja mãe tem muitos medos provavelmente vai ser uma criança medrosa. Um adulto que verbaliza o quão orgulhoso e contente ficou por ter conseguido alcançar alguma coisa irá passar a mensagem que com persistência e determinação conseguimos o que pretendemos.